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quinta-feira, 9 de maio de 2013

1º Diálogos Transversais 2013.

O 1º Encontro de pesquisa "Diálogos Transversais" aconteceu na última noite do dia 07 de Maio no Teatro Universitário Cláudio Barradas, realizado pelos grupos de pesquisa CIRANDA - Círculo Antropológico da Dança e GITA - Grupo de Investigação do Treinamento Psicofísico do Atuante.

   Pesquisadores convidados do 1º Encontro - Foto: Edson Fernando

Tendo como tema do debate "Performance" o encontro contou com a participação de quatro pesquisadores que compartilharam com a comunidade acadêmica presente quatro modos diferentes de abordar o complexo conceito em debate.

    Detalhe da exposição da Prof. Giselle Guilhon - Foto: Edson Fernando

A professora Giselle Guilhon abriu o encontro apresentando a fala "Introdução à noção de Performance". Em seguida a professora Érika Gomes apresentou a pesquisa "Performance e Dança" estabelecendo um diálogo criativo entre as duas linguagens em questão. 

Detalhe da apresentação da Prof. Érika - Foto: Edson Fernando

Abordando o tema pelo viés da Antropologia Teatral de Eugênio Barba, o professor Cesário Augusto apresentou a comunicação "Níveis da performance segundo o teatro antropológico".

Detalhe da apresentação do professor Cesário - Foto: Edson Fernando 

Finalizando a primeira parte do encontro a professora Iracy Vaz abordou a questão da transsexualidade e dos transgêneros com a comunicação intitulada "O conceito de Performance em Butler e Schechner".

  Detalhe da apresentação da professora Iracy - Foto: Edson Fernando
O debate de idéias com a comundade acadêmica presente ficou reservado para o segundo momento do encontro. Abaixo alguns registro do debate. 

 Convidados debatendo com o público - Foto: Edson Fernando

Participação do público - Foto: Edson Fernando

 Participação do público - Foto: Edson Fernando

E como o tema do encontro era Peformance a professora Mariana Marques agraciou a todos performando um poema de Hilda Hilst, finalizando o 1º Diálogos Transversais com chave de ouro.  


 

quinta-feira, 2 de maio de 2013

DIÁLOGOS TRANSVERSAIS: Debates em Teatro, Performance e Dança na Contemporaneidade.




Diálogos Transversais é um projeto de pesquisa que visa oportunizar, por meio de discussões e do confronto teórico, espaço de reflexão crítica para fundamentação de pesquisas em andamento (graduação, especialização e mestrado) direta ou indiretamente ligadas as linguagens do Teatro, da Performance e da Dança. No primeiro encontro de 2013 que será realizado dia 07 de Maio no Teatro Universitário Claudio Barradas às 18h30min, o tema indutor das discussões será o conceito de performance. Quatro pesquisadores convidados apresentarão um olhar especial sobre a questão da performance na sua relação fronteiriça com o Teatro e a Dança: Prof. Drª Giselle Guilhon: “Introdução à noção de Performance”, Prof.ª Msc Érika Silva Gomes: “Performance e Dança”, Prof. Dr.º Cesário Augusto Pimentel: “Níveis da Performance segundo o Teatro Antropológico” e a Prof.ª Iracy Vaz (Mestranda do PPGARTES/ICA): “O conceito de Performance em Butler e Schechner”. O debate será mediado pelo Prof. Msc Edson Fernando que terá a responsabilidade de provocar o confronte de idéias entre os pesquisadores convidados e a comunidade acadêmica presente.  

Diálogos Transversais é um projeto vinculado tanto à pesquisa matricial intitulada Ciranda: Circulo Antropológico da Dança, coordenado pela Prof.ª Giselle Guilhon Antunes Camargo quanto a pesquisa matricial do GITA – Grupo de Investigação do Treinamento Psicofísico de Atuantes intitulada Intercurso perceptivo em voluta, coordenada pelo Prof. Dr.º Cesário Augusto Pimentel.  

Os interessados em participar do primeiro Diálogos Transversais podem fazer sua inscrição na hora do evento.   

quarta-feira, 1 de maio de 2013

GITA no Fórum Bienal de Pesquisa em Artes.

Ocorrido na última semana de Abril (23-26) o VI Fórum Bienal de Pesquisa em Artes oportunizou a comunidade acadêmica da UFPA - em especial aos alunos da FAV e ETDUFPA - a visita de alguns professores convidados para  o compartilhamento de suas pesquisas, ideias e reflexões. Dentre eles tivemos a grata satisfação em receber a visita do Prof. Msc Fernando Marques (UNB) que também é poeta, compositor e autor da peça - adaptação em versos a partir do Woyzech de George Büchner. 

 Cesário Augusto recepcionando Fernando Marques na abertura de sua palestra
  Foto: Edson Fernando
  
O público presente pode conferir a palestra "Büchner, Woyzeck, Zé: por que usar o verso em cena?" momento que Fernando compartilhou alguns elementos de sua pesquisa que resultou na adaptação do texto de Woyzech. 

 Foto: Edson Fernando

A noite no Fórum se completou com a apresentação da montagem "Zé (s) - sem eira nem beira", resultado da pesquisa do GITA do ano de 2012. Os 35 espectadores - dentre eles a presença ilustre do referido autor - presentes na apresentação  tiveram a oportunidade de conferir sete cenas do texto dramático de Fernando performados pelas atuantes Brida Carvalho e Silvia Luz.

   As atuantes antes da apresentação - Foto: Edson Fernando

Final da apresentação - Foto: Edson Fernando 

 Encontro entre artistas - Foto: Edson Fernando 

terça-feira, 26 de março de 2013

Diário de Trabalho 002 - Ano 2013. Por Edson Fernando



O dia de trabalho foi dedicado ao aprofundamento dos exercícios realizados no treino do dia anterior. O treinamento psicofísico realizado antes do exercício 02 foi o kalarippayattu. Abaixo segue a descrição do exercício 02 e suas subseqüentes etapas que culminaram na realização da cena 01 – Quarto.        
Descrição do Exercício 02:
Uma variante do exercício 01 realizando a Leitura da Cena 01 – Quarto, do texto dramático , de Fernando Marques e aplicação do apuro da oralidade oriundo do exercício no desenho da mesma cena. 
Etapa 1: Três atuantes dispostos sentados nos vértices do triângulo realizam a leitura do texto projetando a voz para os demais companheiros. Não há papel determinado, cada atuante pode ler as falas de qualquer personagem. Quem realiza a leitura deve permanecer de pé até que outro atuante interrompa a leitura e prossiga com o texto do ponto de onde interrompeu; quem interrompe a leitura deve colocar-se de pé e quem foi interrompido sentar-se imediatamente. A interrupção pode ser feita a qualquer momento do texto.
Etapa 2: Todas as orientações da etapa 1 permanecem inalteradas; acrescenta-se um novo comando: a interrupção deve ser realizada com maior freqüência por todos os atuantes.
Etapa 3: Todas as orientações da etapa 2 permanecem inalteradas; acrescenta-se um novo comando: para aumentar ainda mais o ritmo do jogo deve-se trocar de leitor sempre que terminar a fala de um personagem.
Etapa de transição para aplicação dos princípios do exercício na cena:
Nesta etapa os atuantes devem apropriar-se dos princípios exercitados anteriormente e trabalhá-los na respectiva cena.
Fase 1: Os atuantes permanecem dispostos nos vértices do triângulo; a circunstância dada é uma conversa entre os personagens Capitão e Zé, nela evidencia-se o status de cada papel; sem o recurso do texto dramático os atuantes devem desenvolver um diálogo a partir da circunstância dada; somente um fala por vez permanecendo de pé até que seja interrompido; quem interrompe se levanta e quem é interrompido se senta imediatamente.      
Fase 2: Os atuantes iniciam o aplicativo sentados nos vértices do triângulo; a atuante Brida Carvalho desempenha o papel do Capitão e os atuantes Cesário Augusto e Silvia Luz desempenham o papel do Zé – todos devem seguir o texto dramático na integra; deve permanecer de pé somente o atuante que dispõe da palavra; sempre que um dos atuantes bater uma palma todos devem trocar de lugar escolhendo qualquer uma das cadeiras da platéia. 
Fase 3: exercita-se os princípios dos exercícios anteriores desempenhando as ações propriamente ditas da respectiva cena, ou seja, todos as vezes que o Capitão realizar uma baforada no seu charuto os  Zé (s) devem ser arremessados para o lado oposto em que se encontram dentro da arena.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Diário de Trabalho 001 - Ano 2013. Por Edson Fernando






A pesquisa referente ao ano de 2013 iniciou-se oficialmente no último dia 23 de Março. As atividades descritas neste, e nos diários subseqüentes, assinados por mim compartilharão os procedimentos realizados em sala de trabalho referentes à pesquisa transversal intitulada “Inserções, registro e continuidade na criação da montagem teatral ‘Zé(s) - sem eira nem beira’”. Esta pesquisa segue as etapas estabelecidas pela investigação matricial do GITA – dispostas no ciclo em voluta que perpassam por treinamento psicofísico, oficinas, laboratórios de criação, ensaios e apresentações públicas – as atividades deste primeiro encontro de trabalho estiveram voltadas para o repasse e aprendizado de algumas novas práticas de treinamento psicofísico apreendidas por Cesário Augusto – por ocasião de seu pós-doutoramento ocorrido no ano de 2012 – e a retomada dos exercícios de percepção e estímulos diversos próprios da fase das oficinas.
 No tocante as novas práticas de treinamento Cesário realizou uma demonstração dos 18 Movimentos de T’ai chi ch’ uan do Lao Jai – estilo do Mestre Chen – e em seguida uma demonstração de T’ai chi ch’ uan com espadas. Estas novas práticas passam a ser inseridas na rotina de treinamentos do grupo ao longo deste ano.


  
 Detalhe da demonstração dos 18 Movimentos de T’ai chi ch’ uan do Lao Jia - estilo do Mestre Chen – executada pelo Prof.º Dr. Cesário Augusto. Foto: Edson Fernando



Sequência inicial de movimentos do  T’ai chi ch’ uan com espadas. Foto: Edson Fernando



Quanto à fase das oficinas, os exercícios inicialmente propostos estão voltados ao apuro da oralidade das sete cenas que compõem a montagem “Zé (s) – sem eira nem beira” resultado da pesquisa do ano 2012. A arena triangular da montagem é também o espaço para realização do exercício descrito abaixo.

Detalhe dos atuantes na Etapa 1 do exercício descrito abaixo. Fotos: Edson Fernando



Descrição do Exercício 01:

Leitura e exercícios para o apura da oralidade da Cena 01 – Quarto do texto dramático , de Fernando Marques.

Etapa 1: Três atuantes dispostos sentados nos vértices do triângulo realizam a leitura do texto projetando a voz para os demais companheiros. Não há papel determinando, cada atuante pode ler as falas de qualquer personagem. Esta etapa preparatória repete-se algumas vezes. 

Etapa 2: Todas as orientações da etapa 1 permanecem inalteradas; acrescenta-se um novo comando: o atuante que realiza a leitura deve permanecer de pé até que outro atuante interrompa a leitura e prossiga com o texto do ponto de onde interrompeu; quem interrompe a leitura deve colocar-se de pé e quem foi interrompido sentar-se imediatamente. A interrupção pode ser feita a qualquer momento do texto.

Etapa 3: Todas as orientações da etapa 2 permanecem inalteradas; acrescenta-se um novo comando: ao som de uma palma – efetuada pelo condutor do exercício – todos os atuantes devem trocar rapidamente de lugar (procurar o vértice mais próximo) deslocando-se em sentido horário.

Etapa 4: Todas as orientações da etapa 3 permanecem inalteradas; acrescenta-se um novo comando: ao som de duas palmas efetuada pelo condutor do exercício – todos os atuantes devem trocar rapidamente de lugar (procurar o vértice mais próximo) deslocando-se em sentido anti-horário.

Etapa 5: os atuantes dispostos em pé, no centro do triângulo, dialogam livremente a partir das circunstâncias dadas da cena.

Princípios trabalhados:

- Busca-se o apuro da oralidade a partir da leitura do texto exercitando as diversas possibilidades de intenções ocultas nas entrelinhas do mesmo – qualidade do que se diz, como se diz e por que se diz;

- Estado de prontidão e precisão para realizar os comandos que vão sendo apresentados;

- Interação corpo e mente na realização do exercício: os comandos propõem ações que devem ser realizadas concomitantemente a leitura do texto; ações e textos devem ser realizados e pensados de modo integrado;

- Andamento da leitura (ritmo) perseguindo a ação e reação vocal.

Observações a partir da realização do exercício:
A realização deste exercício nas suas subseqüentes etapas possibilitou perceber algumas dificuldades no trato com o texto que devem ser superadas no decorrer do processo. A primeira é referente ao ritmo da leitura do texto – conseqüentemente ao ritmo da cena; percebi que a tendência inicial é de acelerar o andamento da leitura na mesma medida em que se acelera o deslocamento de um vértice a outro do triângulo; as falas atropeladas, isto é, dois falando ao mesmo tempo, também foram notórios. É natural que a ação provoque e altere a qualidade do texto, no entanto, o atuante deve controlar a ansiedade, evitando simplesmente falar mais rápido e aproveitar a ação do comando para ganhar no andamento da cena, isto é, no ritmo em que o dialogo vai sendo processado.